POR CLÁUDIO DAMASCENO
A Casa da Cultura abrigou, ontem, um rico evento que ficara na história sócio-cultural de Santa Cruz. O debate Educação, Cultura e Lazer como instrumentos de inclusão social foi um grande sucesso tanto pelo público de jovens, professores, políticos e lideranças sociais que compareceram, como pela qualidade das exposições.
A festa começou com uma apresentação teatral do Grupo Arte Viva. Em cena estavam Marcos e o pré-adolescente André Ipoema que deram um brilho especial à noite com uma representação dos valores humanos em consonância com o ser político-social.
Em seguida Hugo Tavares, expressiva liderança cultural da cidade, contribuiu com um originalíssimo recital apresentando a cartilha de sua autoria, CIDADANIA E ELEIÇÃO, na qual aborda principalmente a questão do exercício da cidadania pelo voto consciente.
O professor em sociologia política, Dr. João Emanuel Evangelista, enfocou aspectos históricos e sociológicos da formação de duas culturas antagônicas que são motrizes dos processos sociais: por um lado uma elite que se reconhece a partir de referências culturais diferentes da maioria da população, o que mantêm um viés excludente, tanto pelo regime econômico que defende quanto pelas atitudes sócio culturais que promove, e por outro lado a cultura popular, na qual está inserida a maioria das referências de vida da população.
O pedagogo Junior Souto especificou os fatores estruturais e pedagógicos fundamentais para o sucesso educacional das nossas crianças e jovens e apontou para a necessidade de uma escola mais próxima da comunidade, em tempo integral, com assistência médica odontológica, lazer e cultura. Para isso Junior disse que os professores devem estar bem preparados.
Crispiniano Neto, presidente da Fundação José Augusto, contribuiu explicando o quanto é importante o favorecimento da cultura popular autêntica, em detrimento das padronizações que em geral têm finalidades econômicas e não culturais.
A platéia participou ativamente do debate com perguntas e intervenções sobre as dificuldades que o povo de Santa Cruz enfrenta no campo da educação, cultura e lazer geradoras de baixos índices do rendimento educacional, falta de estrutura dos espaços públicos, mercantilização educacional e falta de bibliotecas públicas.
O professor Alessandro, em um aparte, disse que deveríamos ter uma biblioteca em cada bairro de Santa Cruz por acreditar na plenitude dessa possibilidade. Para ele basta haver vontade política do gestor público. Outros participantes levantaram questões relacionadas à falta de espaços públicos para o lazer e o abandono dos espaços que a cidade já possui.
O médico infectologista Petrônio Spinelli também deu sua contribuição ao debate pontuando principalmente sobre a necessidade de haver um modelo de gestão pública o qual todos os problemas sociais estejam interligados, para que não haja justificativas para eventuais falhas e que garanta a otimização nos processos administrativos. Petrônio explanou sobre a necessidade de uma administração pública municipal voltada para o interesse do povo que crie mecanismos que evidenciem as prioridades da comunidade.
Fizeram uso da palavra o líder comunitário, membro do Grupo Arte Viva, Lucicláudio; o lider do do PR, Joab, dentre outros.
Estiveram presentes o professor Erivan, presidente do PMDB; Thiago, presidente do PRB, Junior dos bodes expressiva liderança do PMDB; Gilmara Benevides historiadora e mestre em antropologia; Marcos Reinaldo presidente do PT; o “blogueiro”, presidente do PR, Arilson, Manoel Adelino, Ronaldo e João do PV, entre tantos ilustres cidadãos santacruzense.
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